Trabalhando com Poesia

“… Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu, rabada com angu, rabo-de-saia, naco de peru, lombo de porco com tutu e bolo de fubá, barriga d’água, há um diz que tem e no balaio tem também um som bordão, bordando o som, dedão, violação… Diz um diz que viu e no balaio viu também, um pega lá no toma-lá-dá-cá, do samba… Um caldo de feijão, um vatapá, e coração, boca de siri, um namorado e um mexilhão, água de benzê, linha de passe e chimarrão, babaluaê, rabo de arraia e confusão… Eh, yeah, yeah … Cana e cafuné, fandango e cassulê, sereno e pé no chão, bala, camdomblé, c o meu café, cadê? Não tem, vai pão com pão… Já era Tirolesa, o Garrincha, a Galeria, a Mayrink Veiga, o Vai-da-Valsa, e hoje em dia, rola a bola, é sola, esfola, cola, é pau a pau… E lá vem Portela que nem Marquês de Pombal, mal, isso assim vai mal, mas viva o carnaval, lights e sarongs, bondes, louras, King-Kongs, meu pirão primeiro é muita marmelada… Puxa saco, cata-resto, pato, jogo-de-cabresto e a pedalada, quebra outro nariz, na cara do juiz, aí, e há quem faça uma cachorrada e fique na banheira, ou jogue pra torcida, feliz da vida… Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu, rabada com angu, rabo-de-saia, naco de peru, lombo de porco com tutu e bolo de fubá, barriga d’água, há um diz que tem e no balaio tem também um som bordão, bordando o som, dedão, violação… Diz um diz que viu e no balaio viu também, um pega lá no toma-lá-dá-cá, do samba…” (João Bosco – Linha de passe – Comp.: João Bosco, Paulo Emilio e Aldir Blanc)

“… Quando um coração que está cansado de sofrer, encontra um coração também cansado de sofrer, é tempo de se pensar que o amor pode, de repente, chegar… Quando existe alguém, que tem saudade de alguém, e esse outro alguém não entender, deixe esse novo amor chegar, mesmo que depois seja imprescindível chorar… Que tolo fui eu, que, em vão, tentei raciocinar nas coisas do amor, que ninguém pode explicar. Vem, nós dois vamos tentar, só um novo amor pode a saudade apagar… Deixa esse novo amor chegar, mesmo que depois seja imprescindível chorar… Que tolo fui eu, que, em vão, tentei raciocinar nas coisas do amor, que ninguém pode explicar. Vem, nós dois vamos tentar, só um novo amor pode a saudade apagar…” (João Bosco – Caminhos cruzados – Comp.: Tom Jobim)

“… Os bóias-frias quando tomam umas biritas, espantando a tristeza, sonham com bife à cavalo, batata frita e a sobremesa… É goiabada cascão, com muito queijo, depois café, cigarro e o beijo de uma mulata chamada Leonor, ou Dagmar… Amar, um rádio de pilha, um fogão jacaré a marmita, o domingo no bar, onde tantos iguais se reúnem, contando mentiras, pra poder suportar aí… São pais de santos, paus de arara, são passistas, são flagelados, são pingentes, balconistas, palhaços, marcianos, canibais, lírios pirados, lançando, dormindo de olhos abertos à sombra da alegoria dos faraós embalsamados… Os bóias-frias quando tomam umas biritas, espantando a tristeza, sonham com bife à cavalo, batata frita e a sobremesa… É goiabada cascão, com muito queijo, depois café, cigarro e o beijo de uma mulata chamada Leonor, ou Dagmar… Amar, um rádio de pilha, um fogão jacaré a marmita, o domingo no bar, onde tantos iguais se reúnem, contando mentiras, pra poder suportar aí… São pais de santos, paus de arara, são passistas, são flagelados, são pingentes, balconistas, palhaços, marcianos, canibais, lírios pirados, lançando, dormindo de olhos abertos à sombra da alegoria dos faraós embalsamados…” (João Bosco – No Rancho da goiabada – Comp.: João Bosco, Paulo Emilio e Aldir Blanc)

“Não perca sua serenidade. A raiva faz mal à saúde, o rancor estraga o fígado, a mágoa envenena o coração. Domine suas reações emotivas. Seja dono de si mesmo. Não jogue lenha no fogo de seu aborrecimento. Esqueça e passe adiante, para não perder sua serenidade. Não perca sua calma. Pense antes de falar, e não ceda a sua impulsividade”. (Minutos de Sabedoria Pg. 089)

Bom dia pessoal,

E o sexto passo na Copa do mundo foi um tenebroso desastre futebolístico. Nem o mais pessimista torcedor brasileiro ou otimista alemão imaginaria tal roteiro para essa partida. Um triunfo acachapante da seleção alemã sobre a seleção canarinho por 7×1 não só sepultou o sonho do hexacampeonato como fez a derrota de 1950 parecer uma minúscula lembrança.

As críticas nas derrotas talvez sejam mais fáceis do que os elogios eufóricos dos triunfos. É nelas que se verifica exatamente de que ponto de vista cada um participa das disputas, seja como torcedor ou como comentarista esportivo. A seleção alemã, desde a sua chegada ao sul da Bahia vem mostrando a seriedade com que encara a competição. \treinar num clima e temperatura aproximada daquilo que enfrentaria em suas partidas. Isso se traduziu num melhor preparo físico, numa melhor adaptação ao ambiente geral da copa.

De frente com uma seleção desta qualidade, um cochilo é fatal, um apagão é trágico e isso aconteceu nessa tarde. Cinco minutos de sono e ao abrir os olhos cinco gols já haviam vazado a meta brasileira. Agora é seguir em frente.

Independente do resultado, nosso país está de parabéns, com a organização de um excelente evento, que vem recebendo de todos os segmentos da imprensa nacional e internacional. O resultado da seleção não muda essa compreensão. Valeu Brasil!!

No dia 09 de julho, São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista de 1932. A data, transformada em feriado civil em 1997, marcou o início de um dos principais episódios da história do estado. Sua importância está evidente em toda a cidade: duas avenidas carregam nomes que remetem à revolta (9 de julho e 23 de maio) e monumentos como o Obelisco do Ibirapuera prestam homenagens ao mártires da chamada “Guerra Paulista”.

A Revolução foi um levante armado da população de São Paulo que, entre os meses de julho e outubro de 1932, combateu as tropas do governo federal. A reivindicação central do movimento era a destituição do governo provisório de Getúlio Vargas, que dois anos antes assumira o poder no país, fechando o Congresso Nacional e abolindo a Constituição. O levante é chamado de “constitucionalista” porque São Paulo pedia a promulgação de uma nova constituição federal.

Em nossa sugestão de leitura para o “Trabalhando com Poesia” de hoje textos de alguns sites e blogs. Vale a pena conferir:

Massacre do Mineirão não apaga o sucesso da Copa – Mobilização popular em torno da Copa é maior do que derrota histórica por 7 a 1 imposta pela Alemanha; público abraçou Mundial e deu seguidas demonstrações de amor pelo País; as previsões catastrofistas estavam tão erradas quanto as análises esportivas ufanistas; time de Felipão contou com maioria esmagadora de jogadores que nunca haviam disputado um Mundial; adulação da mídia esportiva escondeu falhas gritantes da equipe; meio-de-campo inexistiu, sem opções de nomes experientes como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, e com Hernanes mais no banco do que em campo; massacre do Mineirão, onde a torcida não deixou de apoiar o time, encerra lições que têm de ser aprendidas desde já…

http://www.brasil247.com/pt/247/247_na_copa/146092/Massacre-do-Mineir%C3%A3o-n%C3%A3o-apaga-o-sucesso-da-Copa.htm

Dilma: “levanta, sacode a poeira e dá volta por cima” – Presidente Dilma Rousseff (PT) comentou o resultado do jogo entre Brasil e Alemanha, nesta terça (8), que tirou o país-sede do Mundial; “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota. Sinto imensamente por todos nós, torcedores, e pelos nossos jogadores. Mas, não vamos nos deixar alquebrar”, publicou…

http://www.brasil247.com/pt/247/247_na_copa/146090/Dilma-levanta-sacode-a-poeira-e-d%C3%A1-volta-por-cima.htm

Beto Almeida: Lula, o Nove de julho e a contrarrevolução – É reconhecida a criatividade de Lula de fazer caracterizações políticas que alargam o imaginário popular para a compreensão política, além de promover importantes quebras de paradigmas na ardilosa conceituação conservadora sobre eventos históricos, quando estes são falsificados de modo grosseiro, invertendo seu real sentido histórico…

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=043ea4eb48d314b91e95fb5052d3d8f0&cod=13967

QUANDO VAMOS ENFORCAR ZUÑIGA? – Houvesse uma forca na Praça José de Alencar, em Fortaleza, Camilo Zuñiga, o lateral-direito da Colômbia que tirou Neymar da Copa do Mundo, estaria no cadafalso. É óbvio que o colombiano usou força excessiva na fatídica jogada, e que a ausência do camisa 10 na semifinal contra a Alemanha comove, mas a reação extrapolou os limites, e expôs alguns dos problemas (não só) brasileiros…

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=13968

Felipão pede desculpas e diz: “o responsável sou eu” – Na entrevista coletiva, o técnico Luiz Felipe Scolari pediu desculpas ao povo brasileiro por não ter conseguido chegar a uma final e agradeceu pelo apoio; “mesmo no segundo tempo, com 5 a 0, estavam incentivando os jogadores”; em seguida, assumiu a responsabilidade; “quem convoca? quem escala? quem faz as escolhas táticas? evidentemente, o responsável sou eu”…

http://www.brasil247.com/pt/247/247_na_copa/146087/Felip%C3%A3o-pede-desculpas-e-diz-o-respons%C3%A1vel-sou-eu.htm

Veja a versão de hoje e as anteriores do “Trabalhando com Poesia”, no nosso blog “Espaço de Sobrevivência”. Nele você pode acessar links dos principais sites institucionais e de informações para seu uso. Visite, comente, indique:

https://oipa2.wordpress.com/2014/07/09/trabalhando-com-poesia-625

Abraços nos amigos beijos nas amigas e nos filhos, com os desejos de muito axé, energias positivas e que a vida e a paz possam sempre reinar em nossos corações e na nossa rotina. Uma quarta-feira abençoada por Deus e repleta da força da rainha dos ventos e trovões. Eparrey Oyá.

Apio Vinagre Nascimento
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Infinito – Guimarães Rosa

Ó múmia longa,
ante os teus séculos,
eu durmo ainda…
Evocação
Lagosta púrpura
uma galera a remos
conduzindo um César…
Turismo sentimental
Viajei toda a Ásia
ao alisar o dorso
da minha gata angorá…
Turbulência
O vento experimenta
o que irá fazer
com sua liberdade…

Amanhecer – Guimarães Rosa

Floresce, na orilha da campina,
esguio ipê
de copa metálica e esterlina.
Das mil corolas,
saem vespas,abelhas e besouros,
polvilhados de ouro,
a enxamear no leste,onde vão pousando
nas piritas que piscam nas ladeiras,
e no riso das acácias amarelas.
Dos charcos frios
sobem a caçá-los redes longas,
lentas e rasgadas de neblina.
Nuvens deslizam,despetaladas,
e altas, altas,
garças brancas planam.
Dançam fadas alvas,
cantam almas aladas,
na taça ampla,
na prata lavada,
na jarra clara da manhã…

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